Companheira, sei que vc vai chorar quando ler esta carta. Vai ser difícil para mim, pois me acostumei à sua presença, porém não vejo mais motivos para continuarmos juntas.
Perdi anos de minha vida ao seu lado, tristeza, acreditando que o amor não existe e o mundo não tem jeito. Vc é péssima conselheira.
Chegou a hora de dar chance à alegria, que há muito tem mostrado interesse em passar um tempo comigo.
Desde criança, abro mão de muita coisa por vc. Festas a que não fui porque vc não me deixou ir, paisagens lindas nas quais não reparei porque vc exigiu de mim total atenção.
Quero de volta meus discos de dance music, que vc tirou da prateleira. E minhas roupas estampadas, que sumiram do meu armário depois que vc se instalou aqui.
Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar vc dentro de mim.
Como disse Lulu hj de manhã no carro a caminho do trabalho: Não te quero mal, apenas não te quero mais.
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Fernanda Young
Diferentemente
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Para a tristeza:
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O QUE É AMOR?
Amor é quando você fala para um garoto “que linda camisa ele está vestindo” e aí ele a veste todo dia.
- Noelle, 7 anos.
Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela.
- Chrissy, 6 anos.
Amor é quando alguém te magoa, e você mesmo muito magoado não grita porque sabe que isso fere seus sentimentos.
- Samantha, 6 anos.
Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro.
- Mary Ann, 4 anos.
Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele.
- Danny, 6 anos.
Amor foi quando minha avó pegou artrite, e ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô desde então, pinta as unhas para ela.
- Rebecca, 8 anos.
O amor não é quando o seu amor corre de você no pega-pega, e sim quando ele te da a mão e chama para correr com ele.
- Mary, 6 anos.
domingo, 17 de outubro de 2010
— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho.
— Quem és tu? Tu és bem bonita.
— Sou uma raposa, disse a raposa.
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste.
— Eu não posso brincar contigo, disse ela. Não me cativaram ainda
— Que quer dizer "cativar" ?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
— Criar laços ?
— Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos. E eu
não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo. E a raposa
continuou:
— Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que
cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos
outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me
chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha!
lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é
inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!
Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me
tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu
amarei o barulho do vento no trigo.
— Por favor, cativa-me! - disse a raposa.
— Bem quisera, disse o principezinho. Mas tenho pouco tempo e amigos a descobrir e coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os
homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo pronto
na lojas. Mas como não existem lojas de amigos, eles não têm mais
amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
— Que é preciso fazer?
— É preciso ser paciente. Sentarás primeiro longe. Eu te olharei e tu
não dirás nada. A linguagem é fonte de mal-entendidos. Mas cada dia
sentarás mais perto. E virás sempre na mesma hora.
tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora
for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às 4 horas, então, eu estarei
inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade. Mas se tu vens a
qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração. É preciso
ritos!
Assim, o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
— Ah! Eu vou chorar.
— A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal, mas tu quiseste que eu te cativasse...
— Quis.
— Mas tu vais chorar !
— Vou.
— Então não sais lucrando nada!
— Eu lucro, por causa da cor do trigo.
— Vais rever as rosas e volta. Tu compreenderás que a tua é ÚNICA no mundo.
— Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é
invisível aos olhos. Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez
tão importante. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves
esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
(O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry)
sábado, 9 de outubro de 2010
ESSE TIPO DE GENTE
(Brena Braz- Uma das melhores escritoras que eu já conheci)
domingo, 5 de setembro de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
A Lista
Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?
sexta-feira, 14 de maio de 2010
É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão poerfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade.
(Clarice Lispector)